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Rondônia perde programa de residência médica

Data da notícia: 02/08/2012
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(Da Redação) O não cumprimento do Governo Estadual de diversas exigências técnicas por parte do Ministério da Educação, acabou por descredenciar o Programa de Residência Médica em Rondônia (curso de formação de médicos especialistas), gerando uma nova crise no sistema público de saúde. Nesta semana, diversos médicos residentes, membros do Governo e do Conselho Regional de Medicina estiveram na Assembleia Legislativa, buscando uma solução técnica e política para o problema criado. Um dos setores em que o Governo do Estado encontra maior dificuldade para geri-lo, a Saúde pública de Rondônia acaba de sofrer mais um duro golpe: o Estado foi descredenciado do programa de residência médica na reunião da Comissão Nacional de Residência Médica, realizada na semana passada. Sem esse programa, o setor de saúde que já enfrenta sérios problemas para atender com dignidade a demanda por leitos e profissionais de saúde em número suficiente, deixa de formar médicos especialistas e perde recursos que eram destinados ao programa pelos Ministérios da Saúde e da Educação.

[IMG]http://www.correiopopular.net/LKN/Minhas Imagens/20120803-131.jpg[/IMG]Em uma reunião nesta quarta-feira (1º) no Conselho Regional de Medicina, o representante de Rondônia no Conselho Federal de Medicina, médico Hiran Gallo, conversou com o secretário de Saúde do Estado, Gilvan Ramos de Almeida e com os coordenadores da residência médica. Ele lamentou que o Governo não tenha dado a devida atenção quando o CRM trouxe a Rondônia em três ocasiões a secretária executiva da Comissão Nacional de Residência Médica, Maria do Patrocínio, e em nenhuma delas conseguiu agendar reunião com o secretário de Saúde ou com o governador. ?Nós sabemos dos problemas com a residência médica de Rondônia há algum tempo e tentamos solucionar o problema por antecipação, mas, infelizmente, ninguém do Governo nos deu ouvido?, lamentou Gallo, apresentando uma estratégia para que Governo do Estado cumpra com todas as exigências apontadas em relatório até o próximo dia 16, quando será apresentado pedido de reconsideração à próxima reunião da comissão.
De acordo com o representante dos médicos residentes em Rondônia, Bruno Calhao, atualmente o programa conta com 47 alunos, nas especialidades de ortopedia, clínica médica, cirurgia geral, infectologia, pediatria, intensivista, ginecologia e obstetrícia e envolve o Hospital de Base, Hospital Cosme Damião, Cemetron e João Paulo II. Disse ele que a comissão de fiscalização do Conselho Nacional de Residência Médica vem alertando há três anos e cobrando providências do Governo, principalmente quanto a falta de estrutura para a residência no caso do Hospital João Paulo II. Complementou o médico-aluno, quanto a falta de pagamento de bolsa de estudo (R$ 2.384,00) e descontos indevidos de imposto de renda, destes repasses aos médicos residentes.

PROBLEMAS - Os principais problemas apontados pela Comissão Nacional de Residência Médica no programa em Rondônia estão relacionados a impontualidade do Governo no pagamento das verbas a que os médicos-residentes têm direito, a disponibilização de laboratórios e ambulatórios e à falta de preceptores (os médicos-professores que acompanham os alunos durante a residência).
Hiran propôs ao secretário de Saúde Gilvan Ramos, à coordenadoria da residência médica em Rondônia que se mantenham conectados nesse período, para se ajudarem mutuamente no cumprimento das tarefas que devem ser realizadas até o dia 15, quando será entregue o relatório apontando as providências executadas e o pedido de reconsideração do descredenciamento. Com informações da ALE e da Assessoria da Cremero.

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